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Estiramento/Rotura dos Músculos Isquiotibiais

O que é?

A Lesão dos Músculos Isquiotibiais (IT) é uma das lesões mais frequentes na prática desportiva, sendo comum em desportos que tenham como movimentos específicos rápidas acelerações e desacelerações e corridas a máxima velocidade.


O grupo muscular Isquiotibiais é composto pelos músculos Semitendinoso e Semimembranoso a nível interno e o músculo Bíceps Femoral, longa e curta porção a nível externo. Todos os músculos tem origem na tuberosidade isquiática do Ilíaco, excepto a curta porção do Bíceps femoral, que tem origem no fémur.

 

O músculo Semitendinoso insere-se face lateral da tíbia, a nível superior; o músculo Semimenbranoso insere-se na face posterior do côndilo femoral interno e no ligamento poplíteo obliquo. O músculo Bíceps femoral insere-se na face externa da cabeça do perónio.
 

Estes músculos tem continuidade com outras estruturas tendinosas e musculares do corpo, nomeadamente com os músculos peroneais laterais, fáscia toracolombar que conecta os IT á cadeia muscular extensora da coluna e pescoço; e músculos abdominais - transverso e oblíquos. Estas conexões podem ser importantes em casos de prevenção de lesões.
 

Mecanismo de Lesão?
 

A lesão ocorre como a maior parte das lesões musculares - durante uma contracção excêntrica -  o músculo contrai intensamente enquanto se alonga.
 

O momento da lesão surge durante uma flexão da anca enquanto os Isquiotibiais trabalham para desacelerar a extensão do joelho - situações de remate. Durante a corrida, os Isquiotibiais contraem excêntricamente para desacelerar a anteriorização da tíbia, e de seguida contraem concêntricamente para estenderem a anca. Esta fase da corrida, na passagem da contracção excêntrica para concêntrica, corresponde ao momento onde os Isquiotibiais se encontram mais vulneráveis á lesão.
 

A lesão ocorre frequentemente em corridas na máxima velocidade, rápidas acelerações e desacelerações ou em situações em que o músculo é estendido em demasia (por ex: fazer carrinho no futebol onde se ocorre flexão máxima da anca e extensão do joelho).
 

O que faz os Isquiotibiais particularmente susceptíveis á lesão é o facto de a tarefa destes mudar rapidamente e várias vezes durante um movimento funcional:

 

  • Extensão da anca
  • Desaceleração da extensão do joelho
  • Estabilização do joelho
  • Estabilização da pélvis
  • Estas funções realizadas rapidamente e repetitivamente levam a que os Isquiotibiais sejam sujeitos a intensas cargas em alongamento.

 

Classificação?

 

Este tipo de lesão pode estender-se a desde um estiramento parcial a uma ruptura completa, sendo classificada segundo três graus:

  • Grau 1 - pequeno número de fibras afectadas, resultante num estiramento sem interrupção da continuidade das fibras musculares e sem perda de função e força;
  • Grau 2 - número de significante de fibras musculares afectadas, com estiramento ou mesmo ruptura parcial de algumas fibras, resulta em perda de função e da força;
  • Grau 3 - ruptura total das fibras musculares, resultando numa incapacidade de contracção muscular e importante perda de função;

O músculo onde ocorre mais frequentemente a lesão é o músculo bíceps femoral - longa porção, sendo mais comum a lesão nível da junção miotendinosa.



Em adolescentes podem surgir lesões de arrancamento da inserção proximal dos Isquiotibiais, a nível da tuberosidade isquiática. Esta situação deve-se ao facto de estes se encontrarem em período de grande crescimento, e os ossos todavia não estarem maturados, sendo que contracções muito intensas dos IT podem provocar um arrancamento da cartilagem presente nesta tuberosidade. 
 

Sinais e Sintomas?

No momento da lesão, o atleta sente uma dor intensa localizada, e reporta muitas vezes uma sensação de "rasgar" do músculo. No entanto, pode também sentir o músculo a prender, sendo importante aqui diferenciar os sintomas de uma cãibra, onde se tenta alongar o músculo para aliviar. Em casos menos graves, os atletas conseguem continuar a prática desportiva, mas em casos mais graves o atleta têm de deixar a prática desportiva, podendo ter dificuldade em caminhar, subir/descer escadas ou mesmo apoiar o membro inferior.
 

Ocorre também uma reacção inflamatória local, com presença de edema e mesmo hematoma. As dores surgem durante a flexão resistida do joelho, elevações da perna com o joelho em extensão ou á palpação e ao alongamento.

 

Factores predisponentes de lesão?


  • Fadiga;
  • Flexibilidade muscular diminuída;
  • Lesão anterior;
  • Fraqueza muscular dos Isquiotibiais e Glúteos;
  • Postura lombar alterada;
  • Fraqueza core abdominal;
  • Aquecimento inadequado;
  • Desequilíbrios musculares;

 

Tratamento?

Em lesões classificas com grau 1 e 2, a Fisioterapia têm um papel fundamental na reabilitação funcional dos atletas. Em lesões de grau 3 os atletas são frequentemente indicados para cirurgia, no entanto o tratamento conservador têm vindo a ganhar pontos a favor.

O tratamento do Estiramento/Rotura dos Isquiotibiais em Fisioterapia têm como principal objectivo o ganho de funcionalidade. Numa primeira fase o principal objectivo torna-se promover uma óptima cicatrização do músculo, e a evolução do tratamento será com base nas fase de cicatrização muscular.
 

Na recuperação desta lesão é essencial trabalhar factores como:

  • Fortalecimento muscular dos Isquiotibiais, glúteos, quadricípete;

  • Trabalho de Core abdominal;

  • Trabalho de Estabilidade da Anca e Joelho;

  • Treino da Funcionalidade;

  • Alongamento da Cadeia Muscular Posterior;

É também muito importante evitar o retorno precoce á prática desportiva normal, pois o risco de lesão recidiva é elevado em atletas que não estejam todavia preparados. Estudos científicos indicam que no Futebol , 12% das lesões vão reincidir.
 

A recidiva nestas situações surge devido á presença de tecido cicatricial no músculo. Este tipo de tecido não possui capacidades elásticas, e por isso não se alonga, aumentando o risco de lesão por estiramento. Outra razão para a ocorrência de lesões recidivas é a diminuição da capacidade física dos atletas, com diminuição da força muscular devido ao desuso.
 

Apesar de o risco de lesão ser maior no período inicial de regresso á actividade, o risco de lesão permanece após várias semanas, sendo que alguns estudos científicos falam num risco aumentado de recidiva durante 3 meses após regresso á prática desportiva normal.
 

O Fisioterapeuta é o Profissional que o irá ajudar a recuperar eficazmente esta lesão, de modo a devolvê-lo mais rapidamente á sua prática desportiva em segurança.
 

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